20 de março de 2009

VEREADOR AGRIDE JOVEM PORTADOR DE NECESSIDADE

A sessão da Câmara Municipal de Camocim da última quarta-feira, dia 18, teve um desfecho inusitado, com casa cheia e muitas discussões. O ex-presidente da Câmara, Jarbas Ferreira (PPS) agrediu um cidadão na plenária que criticava vereadores da oposição. O clima começou a esquentar quando a Vereadora Iracilda Rodrigues (PMN) lançou críticas ao gestor municipal, Chico Vaulino (PP), afirmando que o Prefeito agiu como “moleque ao fechar algumas escolas do município”.
O vereador Régis Mendonça (PR), conhecido como Régis da Ipu, que defendia a utilização dos prédios das escolas fechadas para a instalação de postos de saúde, retrucou a crítica de Iracilda Rodrigues. “Discordo da vereadora. Vou apurar os fatos com o próprio Prefeito e na próxima sessão discutiremos o assunto”.
Manifestantes que aplaudiram o pronunciamento do Vereador do PR responderam ao pronunciamento da Vereadora do PNM com vaias, o que irritou o Vereador Jarbas Ferreira. Ao fim da sessão, o Vereador da bancada de oposição agrediu verbal e fisicamente um manifestante, que possui necessidades especiais, chamando-o de “doido”. O agredido sentiu-se ofendido e retrucou a ofensa. Jarbas Ferreira não se conteve e o agrediu com um soco no rosto e mais ameaças. A situação se normalizou quando o Vereador Régis, percebendo a algazarra, tentou acalmar o Vereador Jarbas retirando-o do local. Escolas fechadas Segundo o Secretário Municipal de Educação, Augusto Júnior, as escolas fechadas, as quais a Vereadora Iracilda Rodrigues se referia, foram construídas na administração do ex-prefeito Sérgio Aguiar sem condições adequadas para o ensino, pois possuem poucas salas e nenhuma infra-estrutura.
“Na época, não foi feito nenhum planejamento de rede, com estimativa da população, perspectiva de matrículas ou análise da sustentabilidade da escola. As escolas só têm duas pequenas salas de aula e não têm nenhum banheiro. A criança quando precisa ou utiliza o mato ou o banheiro da casa da vizinha”, explica Professor Júnior.
Outro fator que contribui para o fechamento das escolas é a diminuição do número de matrículas. O Secretário explica que a matrícula do ensino fundamental está diminuindo na zona rural e esse é um fenômeno que acontece em todos os municípios. “Camocim é um dos lugares onde menos diminuiu”.
A exemplo de cidades como Sobral, Iguatu, Itaiçaba e Quixadá, a Secretaria de Educação de Camocim decidiu fechar algumas escolas, transferindo os alunos para escolas pólos mais próximas de suas casas. “Manter escolas com sete alunos ou até menos em cada sala sem nenhuma infra-estrutura gera muito desperdício e despesas para o município”, esclarece o Secretário de Educação.

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